
A adoção do IVA Dual, que combina IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) and CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), inaugura a mudança fiscal mais profunda das últimas décadas no Brasil. Embora muitas empresas ainda tratem o assunto como uma pauta técnica do departamento fiscal, os impactos reais recaem diretamente sobre decisões estratégicas, margem, governança e competitividade, temas centrais para CEOs.
A seguir, você encontrará uma análise objetiva e orientada para executivos sobre o que muda, onde estão os riscos e como preparar a operação desde agora.
Continue a leitura para entender que a transição não é apenas uma atualização tributária, mas um movimento que redefine a forma como as empresas estruturam processos, tomam decisões e projetam seus próximos anos de operação.
O que é o IVA Dual e por que ele muda a lógica tributária das empresas?
O IVA Dual é um modelo de tributação sobre valor agregado composto por dois impostos que incidem ao longo da cadeia de consumo, um federal e um subnacional. Essa estrutura não é novidade ao redor do mundo: países europeus já operam sistemas semelhantes há décadas, com o IVA consolidado como mecanismo padrão para simplificar regras, ampliar transparência e permitir a recuperação de créditos de forma mais clara.
No Brasil, o IVA Dual substitui cinco tributos atuais (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) por dois novos impostos, mais alinhados ao modelo internacional de imposto sobre valor agregado. A proposta é simplificar a cadeia e dar previsibilidade. Mas, até que isso seja alcançado, empresas enfrentarão um período extenso de coexistência entre regimes, e é justamente nessa transição que surgem riscos operacionais.
Entre 2026 e 2033, as duas estruturas funcionarão ao mesmo tempo. Ou seja, durante anos será necessário:
• Validar apurações em sistemas paralelos
• Conviver com regras estaduais ainda em ajuste
• Manter parametrizações funcionando em dois modelos
• Conciliar documentos fiscais com calculadoras em constante atualização
Esse período híbrido tende a ser mais complexo do que a chegada definitiva do IVA.
Por que o IVA Dual impacta diretamente a empresa e não apenas o fiscal?
Mudanças tributárias costumam ser associadas ao departamento fiscal. Mas a experiência mostra que o efeito prático aparece no negócio como um todo. CEOs precisam acompanhar a transição por três motivos principais:
1. Impacto direto na margem e no fluxo de caixa
Créditos, débitos, compensações e retenções sofrem ajustes significativos. Isso altera:
• precificação
• margem operacional
• necessidade de capital de giro
• projeções financeiras
Pequenas inconsistências fiscais podem gerar distorções relevantes quando acumuladas ao longo do ano.
2. Riscos silenciosos de retrabalho e perda de eficiência
No período híbrido, é comum surgirem controles paralelos, planilhas independentes e retrabalhos em diferentes equipes, um cenário que encarece a operação e aumenta riscos de auditoria.
3. TI, Fiscal e Financeiro precisam de coordenação constante
Não é uma mudança de legislação isolada.
É uma mudança que exige integração:
• regras novas
• cálculos novos
• cadastros revisados
• validações atualizadas
• integrações do ERP ajustadas
Sem alinhamento, cada área resolve “uma parte do problema”, mas a empresa perde visão consolidada.
Os principais riscos na transição para o IVA Dual
A maioria das empresas mostra um desafio recorrente durante as mudanças fiscais impulsionadas pela reforma tributária. No IVA Dual, esses pontos serão ainda mais frequentes:
• Parametrizações antigas no ERP
Configurações herdadas se tornam incompatíveis com os cálculos do IVA.
• Créditos tributários perdidos ou subaproveitados
A mudança de base pode gerar inconsistências invisíveis ao time.
• Divergências entre o fiscal e o financeiro
Apurações corretas que não “casam” com a conciliação bancária, gerando retrabalho.
• Estouro de prazos e exposição à fiscalização
No período híbrido, o volume de validações tende a aumentar.
• Falta de rastreabilidade ponta a ponta
Auditorias exigirão histórico claro: documento, cálculo, imposto e pagamento alinhados.
Esses riscos são evitáveis, mas exigem preparação antecipada.
Como preparar sua empresa para o IVA Dual
Um plano eficiente não começa na legislação, mas na operação. O que funciona na prática é integrar pessoas, sistemas e processos.
1. Revisar o fluxo fiscal-financeiro como um único processo
O IVA Dual exige que emissão, cálculo, apuração, conciliação e pagamento conversem entre si. Isso reduz inconsistências e antecipa erros.
2. Avaliar se o ERP atual está pronto para operar dois modelos ao mesmo tempo
A maioria dos ERPs não foi desenhada para conviver com regimes paralelos.
Customizações isoladas tendem a gerar fragilidade.
3. Mapear documentos críticos: notas, contratos, retenções e repasses
Esses pontos costumam ser os primeiros a apresentar divergências.
4. Automatizar cálculos e atualizações de regras fiscais
Evita retrabalho e reduz a dependência do time operacional quando a legislação mudar novamente.
5. Garantir conciliação automática entre fiscal e financeiro
Um dos maiores desafios será saber se “o que foi calculado” está realmente “alinhado ao que foi liquidado”.
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Se sua empresa está planejando a transição para o novo modelo, esse material oferece uma visão executiva valiosa e pode orientar os próximos passos com segurança.
Como a Invent apoia empresas no IVA Dual com visão integrada
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Gerencia contratos e obrigações que sofrerão impacto com CBS/IBS, garantindo rastreabilidade completa.
O resultado é uma operação mais estável, auditável e preparada para os próximos anos de transição.
O IVA Dual é uma agenda estratégica e empresas preparadas terão vantagem competitiva real
A Reforma Tributária inaugura um novo capítulo para o ambiente empresarial brasileiro. Mas diferente do que muitos imaginam, o desafio não está na chegada definitiva do IVA Dual, e sim no período de convivência entre dois modelos tributários. É nesse intervalo que surgem os maiores riscos: retrabalho, inconsistências silenciosas, perda de créditos e aumento de complexidade operacional justamente em um momento que exige agilidade.
A questão central deixa de ser “como calcular o novo imposto” e passa a ser “como garantir previsibilidade para decisões de médio e longo prazo”. Isso envolve integrar fiscal, financeiro e TI, assegurar rastreabilidade ponta a ponta e operar com informações confiáveis, mesmo enquanto regras, sistemas e processos passam por ajustes constantes.
O movimento mais seguro, e mais eficiente, é antecipar a estrutura operacional necessária para atravessar a transição com estabilidade. Organizações que fizerem isso agora terão mais controle, menos interrupções e uma visão clara sobre impacto em margem, fluxo de caixa e governança.
A Invent está preparada para apoiar essa jornada com soluções construídas para cenários complexos, integrando apuração, conciliação e gestão de contratos em um fluxo único. Se quiser avaliar o nível de prontidão da sua empresa para o IVA Dual e entender como essa transição pode ser conduzida com segurança, nosso time está pronto para conversar.



